quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

E então ele a rejeitara. Sozinha a pobre continuara, trilhando tal caminho que não era belo, tampouco prazeroso de ser caminhado. Ah, pobre menina, fora abandonada por aquele que mais importava, por aquele pelo qual faria até o impossível, pelo qual desistiria de tudo, apenas para vê-lo feliz. Alguns a chamariam de louca, outros de romântica, outros apenas de obcecada, mas não. Não era um, tampouco outro. O que a pequena garota sentia ia muito além do amor ou admiração, era algo novo, inventado por ela, e talvez, por tal motivo ninguém a entendesse, ou talvez alguns fossem capazes de faze-lo, mas afinal… Ninguém ao menos se importava. Nunca haviam o feito, e não fora diferente com ele, aquele que a garota pensara ser seu. O seu menino, seu e de mais ninguém. […] Seus braços vazios a faziam chorar à noite, pois antes os mesmos o envolvia carinhosa e delicadamente. Ela não sabia ao certo, mas, bem… Talvez sentisse a falta daquele garoto pelo qual se apaixonara há muito tempo atrás, não é? Dizem por aí que o primeiro amor sempre será lembrado, e além de primeiro, ela sabia que o mesmo era verdadeiro. Ela sentia. Fora um sentimento tão inesperado, tão diferente, tão… Seu. Assim como ela esperava que o garoto fosse. Seu. A pequena desejara que um dia o tal a pertencesse, sem explicações ou motivos, sem um jeito definido, sem um mapeamento do destino. Ela desejava apenas aquela antiga bagunça mais uma vez. Ela queria a sua bagunça de volta, queria as consequências, queria viver sem medo do futuro. Ela queria simplesmente viver junto ao seu mais genuíno amor, mas afinal, deixou-o partir, pois queria vê-lo feliz, sorrindo. Então o fez, deixou-o ir. Com o coração em suas mãos, mas o deixou partir, sussurrando ao vento: “e tudo que vai, volta”.

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